Quem não dispensa uma boa cerveja sabe que a melhor bebida segue o padrão da Lei da Pureza Alemã (Reinheitsgebot), promulgada em 1516, por Guilherme IV da Baviera. Segundo a Reinheitsgebot, as cervejas devem ser feitas com apenas três ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. Por levar somente essas três matérias-primas, é necessário que elas sejam de alta qualidade para que se obtenha o melhor produto final. A água é fundamental em todas as etapas da produção de cerveja. Na fabricação, na fermentação/maturação, na filtração, na higienização/esterilização e no engarrafamento. Por isso, águas minerais são as mais indicadas.

O sabor da cerveja depende diretamente da qualidade da água, da sua composição e das características do solo de onde ela vem. Isso interfere no pH da mostura (parte quente do processo) e do mosto (produto que resulta da mostura). O mestre cervejeiro deve ter conhecimentos sobre química suficientes para alterar os íons e os minerais da água. Por exemplo: o magnésio e o cálcio são utilizado para regular (diminuir) o pH, o sódio deve ser usado na medida certa para equilibrar a doçura e encorpar a cerveja.

Como a água interfere no sabor final da cerveja, as características da água utilizada na fabricação das cervejas são diferentes em cada país, já que as preferências também variam.

 

COMO É A ÁGUA USADA PARA FABRICAR AS CERVEJAS MAIS TRADICIONAIS DO MUNDO

República Tcheca: a famosa Pilsner é feita com água que contém baixa quantidade de cálcio, carbonato, cloreto, magnésio, sódio e de sulfato.

Áustria: a cerveja Âmbar, tradicional de Viena, leva água com baixo teor de sódio e cloreto.

Alemanha: a Munich Dunkel tem seu sabor maltado acentuado em função da alta proporção de carbonatos; já a água usada na Lager de Dortmund tem teor elevado de todos minerais.

Inglaterra: a Porter londrina tem alta concentração de carbonato, sódio e sulfato.

Irlanda: a Stout mais famosa do país tem alto teor de carbonato, presente nas tradicionais cervejas escuras da terra de St. Patrick.

 

cerveja

Muito temos ouvido falar em “fake news”. Embora o termo seja relativamente novo e usado para designar notícias falsas propagadas pelas redes sociais e até por veículos da imprensa. Com a tecnologia, esses boatos se espalham muito mais rapidamente, ganhando proporções gigantescas e mundiais em algumas horas. Uma das notícias falsas que têm circulado pela internet atualmente fala sobre problemas causados pela água gelada, sem nenhum fundamento científico.

Antigamente se acreditava que a temperatura baixa da água causava contração no estômago, dificultando a digestão e fazendo com que o corpo precisasse trabalhar mais para manter a temperatura interna e causando deficiência enzimática, constrição dos vasos sanguíneos e enfraquecendo o sistema imunológico. Hoje, o que se espalha nessas fake news é que a água gelada pode causar, em longo prazo, doenças no coração, acúmulo de gordura no fígado e câncer no estômago ou no intestino. No entanto, não há nenhuma evidência científica que comprove isso.

Há, sim, algumas condições em que a água muito gelada pode causar desconforto, pois pode causar algum espasmo no esôfago ou desconforto no estômago, mas isso passa rapidamente, assim que o corpo equilibra sua temperatura. Algumas pessoas relatam dor de cabeça ao ingerir água gelada, mas essa condição é bastante específica e não traz risco à saúde.

 

NÃO ESPALHE NOTÍCIAS FALSAS

As fake news podem ter consequências graves. Por isso, antes de encaminhar uma mensagem recebida por aplicativos, cheque a veracidade da informação. A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA), órgão regulatório de inteligência e informação da Escócia elaborou um infográfico com informações necessárias para evitar que sejamos disseminadores de notícias falsas.

 

água gelada

 

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